quarta-feira, 24 de setembro de 2008

meus versos


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Meu verso vem de paulo, de joão, de pedro , de joana, de maria. Do bêbado cantando à luz do dia. Do louco adormecido na calçada. Vem do migrante, esperançoso e aflito. Meu verso vem do coro dos sem-nada. Daqueles que precisam do meu grito. Meu verso vem dos negros, vem dos índios. Do sertanejo. Vem dos favelados. Vem dos idosos, dos abandonados. Dos que vagabundeiam, andarilhos. Vem dos malditos, amaldiçoados. Do maluco de rua, dos drogados. Das putas, dos ladrões, dos maltrapilhos. Não vem do intelecto. Vem da alma. Não vem dos livros. Vem do coração. Vem da evidência. Da intuição. Do dia-a-dia. Da observação. É simples. É comum. É verdadeiro.

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